INSPIRAÇÃO



Olha, gente, eu juro que as poucas postagens aqui não é por falta de interesse, não. É falta de tempo mesmo... Inspiração, graças a Deus, é algo que também não me falta. Essa semana alguém me perguntou: “De onde você tira as idéias para escrever no blog?” Repondi: “Do nada!” e logo em seguida corrigi: “De tudo!”
Sem falsa modéstia, não me considero um bom escritor (nem sei se sou um...), o que eu gosto é de deixar impressas as minhas observações, meus pitacos, minhas idéias, e sinto um incomensurável prazer quando alguém vem discutir, comentar ou mesmo meter o malho... não quero ser unânime e nem acho que tenho razão em tudo...
Bom! Chega de divagações e vamos ao prato principal, que aliás é o meu preferido: música.
Essa semana andei fuçando o 4 shered (valeu Paulinha!) e encontrei muita coisa interessante por lá. Por exemplo, o disco “Babylon By Gus Vol. 1 – O Ano do Macaco” do Gustavo Black Alien. Para mim, um dos grandes nomes do hip-hop brasileiro. Já tinha escutado esse disco muitas vezes, mas por puro descaso, ainda não o tinha na minha coleção. Agora ele já está bombando no meu mp3.
O Gustavo Black faz neste disco um som muito bem sacado e com produção primorosa. Rimas riquíssimas e temas completamente fora dos clichês do rap. Esse disco é de 2004 (ou mil novecentos e dois mil e quatro, como ele diz na introdução), mas é atualíssimo e ainda continua sendo o único disco solo do cara. Recomendo. Gostaria de saber por onde anda o Black Alien atualmente... quem souber, diz aí...
Outro achado foi também dois discos do Tom Zé: “Todos os Olhos” de 1973, (com aquela capa que incomoda muita gente...) e “Estudando o Samba”, de 75. Discos fundamentais do velho mestre da tropicália, ou não, como diria Caetano, por que para mim Tom Zé é atemporal, está acima de qualquer rótulo ou estereótipo. Não há nada igual. Meu velho brother Rabú dizia que existem pessoas que nascem na época errada, neste caso, Tom Zé deveria nascer uns três mil anos no futuro.
Falando no homem, me disseram que os alunos da Escola Municipal Damião Medeiros estão ensaiando um jogral sobre a cultura nordestina, e que eles vão dançar a música “Xique-xique” do Tom Zé, com direito a bexiguinha no dente e tudo... gostaria de ver isso. Parabéns as professoras pelo bom gosto na escolha.
Me desculpem, todos os meus cinco leitores, mas não estou deixando os links dos discos que falei. Em compensação, deixo o link do último disco do Tom Zé, Danç-eh-sá, que ainda pode ser baixado “de grátis” no Trama Virtual... Mais um obra genial desse cara, que infelizmente ainda é mais conhecido no exterior do que aqui no Brasil...
Pois, é. Hoje o papo foi curto. Continuo aqui acumulando inspiração para escrever. Fatos extraordinários é que não faltam. Afinal, a vida é extraordinária. Impolguemo-nos com o nascer do sol, com a chuva que cai, com o pássaro que voa. O importante é saber captar a poesia que há nas entrelinhas. Que Jah nos proteja e continue nos intuindo para o bem. E para fechar, só uma frase do Tom Zé: “Amanhã de manhã, quando a gente acordar, quero te dizer que a felicidade vai desabar sobre os homens”.
Até a próxima.
Obs: a imagem que abre o Post é o quadro "A Persistência da Memória", obra mais famosa do pintor espanhol Salvador Dalí (outro homem "à frente de seu tempo")

1 comentários:

www.vadiartltda.blogss.com 12 de janeiro de 2009 às 21:36  

Muito interessante o papo, só faltou umas geladas na mesa.
Parabéns.

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"Quando o processo histórico se interrompe... quando a necessidade se associa ao horror e a liberdade ao tédio, a hora é boa para abrir um bar."
W. H. Auden