AMANHECER DE NATAL


Nos períodos cruciais da humanidade a Divina Providência sempre se manifestou, encaminhando ao orbe terrestre, apóstolos e sábios, gênios e santos, que ergueram o pensamento e a ética aos seus mais elevados patamares.
Em todas as Nações eles surgiram, conduzindo os povos ao descobrimento e à vivência dos valores elevados quão dignificadores da criatura humana, que vai sendo promovida, de etapa a etapa, no rumo da total libertação a que aspira.
Não obstante esse empenho, as lições desses missionários ao serem vulgarizadas sofrem adulterações que resultam da adaptação dos seus conteúdos às conveniências infelizes dos homens, responsáveis pelo retardamento da marcha do progresso geral.
Nenhuma exceção a esse comportamento nefando.
A história de verdade na Terra pode ser considerada uma viagem difícil, cujos resultados ainda não se fizeram realmente auspiciosa.
De um lado, o absolutismo do poder, o fanatismo da fé, a ignorância sistemática; de outro, a prepotência do orgulho e a ditadura do egoísmo sempre se antepuseram à vitória do bem, perturbando-lhe o avanço.
Apesar dessas dificuldades, a barbárie, a injustiça, a impiedade, o degredo, as matanças arbitrárias – salvo suas exceções periódicas – vão cedendo lugar à benignidade, à Lei, ao sentido de justiça, aos valores éticos e às conquistas espirituais que ora fascinam e envolvem milhões de indivíduos, os quais afanosamente se entregam ao labor de melhorar as paisagens do mundo.
Nesse extraordinário cometimento destacam-se a presença e a valia de Jesus na Terra.
Pairava, à época, um silêncio espiritual multissecular em relação ao povo hebreu, que parecia esquecido da sua destinação histórica.
Veio, então, Jesus, e trouxe a melodia poderosa da verdade, que cantou para as multidões, vivenciando todos os postulados que o caracterizavam como o Messias.
Profetizou, curou enfermos, enfrentou com elevação a pusilanimidade, escolheu os infelizes, que elegeu como seus amigos, renunciou aos títulos e posses, conviveu com a dor, aceitou as humilhações, desvelou-se inúmeras vezes, e não foi aceito.
Aqueles que O seguiram e O difundiram pelas terras do Império Romano, passados os dias gloriosos do martírio, tiveram suas palavras, como ocorreu com as d’Ele, adulteradas aos interesses transitórios, impondo-as desfiguradas à posteridade.
Mesmo assim, o perfume do amor que lhes impregnava as diretrizes conseguiu permanecer; e até hoje a figura ímpar do Mestre Galileu impõe-se, afavelmente, como modelo incomum para a humanidade.
Do Seu berço à cruz há toda uma epopéia de amor, ainda não compreendida em sua profundidade legítima, que os tempos se encarregarão de elucidar e estabelecer como necessária à vida.
O Seu Natal, por isso mesmo, tornou-se o amanhecer de uma Era Nova que lentamente se está implantando no mundo.
Embora os atuais rumores e ameaças de guerra, que perduram apavorando as criaturas, enquanto a lembrança do Natal de Jesus permanecer na mente e no coração humano, o amor fluirá em bênçãos, afastando o monstro de extermínio dos horizontes, por ora tumultuados.
Aproveita, desse modo, o amanhecer deste Natal, e imprime o teu amor nos corações que te cercam, nas vidas que fazem parte da tua vida.
Deixa que Jesus, que já trazes nos sentimentos, por teu intermédio afague os sofredores de todos os tipos, diminuindo-lhes as dores e as insatisfações.
E se, por acaso, ainda não O trazes comandando as tuas emoções, abre-te ao amanhecer do Seu nascimento e instala-O no país dos teus anelos, experimentando, a partir de então, a felicidade como jamais esperavas fruí-la algum dia em tão elevado grau de plenitude.

(Do livro "Antologia Espiritual", Psicografado por Divaldo P. Franco)

Desejamos aos amigos de boteco um Natal de luz e paz, na presença do Divino Mestre Jesus.

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W. H. Auden