A TRAGÉDIA E A COMÉDIA BRASILEIRA


Ontem, numa noite insone, fiquei acompanhando a programação da Rede Globo. Só consigo assistir à Globo ou qualquer outro canal após às 22 horas, que é quando o nível de bobagem já diminuiu um pouco. Desta vez  fui surpreendido por um programa que nunca tinha visto, o tal "Profissão Reporter", que é comandado pelo Caco Barcellos. É um programa jornalístico onde o experiente reporter da Globo comanda uma equipe de três profissionais recém formados que vão atrás da notícia na hora em que ela acontece, no melhor estilo "Aqui & Agora", mas com uma profundidade jornalística bem superior. Ontem o programa mostrou o "lado B" da tragédia das chuvas no Rio de Janeiro e Niterói, com o drama da busca pelos corpos nos escombros dos desabamentos e a luta das famílias no IML para a liberação dos mesmos. Como sempre, os serviços públicos, nesse caso, defesa civil e o corpo de bombeiros, mostraram os dois lados da moeda: despreparo e dedicação no atendimento às vítimas.
O tom da reportagem, apesar de mostrar cenas muito fortes e emocionantes, ficou longe do sensacionalismo. Em dado momento a jovem reporter fotográfica até disse que teve que desligar a câmera, em respeito ao sofrimento das pessoas. Louvável.
Diante de tanto sofrimento, lembrei muito das cenas do terremoto do Haiti. Como sofre esse povo, é explorado, humilhado, abandonado e agora nem tem mais onde morar.
Mas não podemos esquecer que estamos na Rede Globo e logo depois do "Profissão Reporter" vem o Jornal da Globo. E a primeira notícia, que parece até que a Cristiane Pelajo leu em tom jocoso, dava conta de que naquela edição nós conheceríamos "a nova classe-média brasileira, cheia de vontade de comprar!" Apertei "off" no controle remoto na hora e vi que tinha entendido a função do programa anterior: apenas uma vitrine, para que a classe média, a nova ou a que já está aí explorando a gente há séculos, pudesse ver  de perto o sofrimento dos míseros mortais, mantendo-se uma distância segura, como num passeio ao zoológico.
Seria uma comédia, se não fosse uma tragédia. Parabéns Rede Globo.

BOTECO DO GANSO NO FARRAZINE!

It's a happy day! Uma rodada para todos por conta da casa!

Saiu a edição 15 do prestigiado FARRAZINE, publicação distribuída on-line gratuitamente e que neste número tem as páginas 31 a 34 preenchidas por um conto desse vosso escriba.

O FARRA, apesar de ser um zine, é uma edição que não fica devendo nada às melhores revistas on-line por aí: diagramação bacanuda, belas ilustrações e qualidade editorial de primeira. É voltada para o universo dos quadrinhos e ficção científica.

Venho acompanhando, já há alguns números, a revista e li ótimos contos e histórias em quadrinhos de autores brasileiros que eu não conhecia. Observei que alguns tinham temática parecida com os meus. Foi aí que tomei coragem e enviei aos editores um deles, entitulado “A Aranha”, que inclusive já foi publicado aqui no ano passado em três capítulos.

Seguindo sugestões de seus revisores (aprendi muito nessa jogada), fiz algumas reformulações no texto e voilá! Ei-lo lindamente publicado e ocupando quatro páginas do zine.

Aproveito para agradecer publicamente aos editores pela oportunidade, principalmente ao Kio e ao InVinoVeritas pela paciência com o meu amadorismo.

Aí vão os links para vocês, membros da nossa nobre confraria, conferirem o FARRAZINE.  Divulguem, por favor.


VERSÃO .RAR - 4SHARED 43,4 Mb

VERSÃO .PDF - 4SHARED 17,2 Mb

FARRAZINE NO ORKUT

FARRAZINE NO ISSUU


Viram? É o Boteco do Ganso rompendo fronteiras!

Até a próxima!

Mercado Livre

"Quando o processo histórico se interrompe... quando a necessidade se associa ao horror e a liberdade ao tédio, a hora é boa para abrir um bar."
W. H. Auden