INTRO (É NECESSÁRIO VOLTAR AO COMEÇO) - EMICIDA

É dificil plantar ambição, sem ver a ganancia nascer
No coração de um ser, que nunca viu nada acontecer
Pra si, sabe? Nem ao redor
Vai fuder quem tá do lado, se isso te trazer o melhor
E te fazer melhor, e o que é melhor aqui parceiro?
Cê vai viver de amor do lado de quem mata por dinheiro?


Ruas vazias, aqui ou em Gaza
Hoje as pessoas boas, se escondem atrás da grade das casas
Frio é habitual, saudade? Mais que normal
Solidão virou segurança, medo virou natural
Internet, rádio, MP3,4,5,6
Talvez tenha poder, mas não aproximou vocês


Ao entender, sem sentir, cês vão ver no fundo
Cada janela que se abre, é uma porta a menos pro mundo
E vê-lo por um olho mágico, rouba a magia
Que dava sentido ao dia, ao esbarrar com quem não conhecia


Era bom, ficou pra trás
Tenho vários manos que não morreu, só que também não vive mais
Não existe meio certo, nem meia verdade
Nem mais ou menos, nem meia liberdade
Quando o tema é vida, meio termo não existe
Ou se é feliz, ou se é 100% triste


Os MC nem sabe mais, se pede um drink ou pede paz
Se aqui é Disney ou Alcatraz, se nós é Rouge ou Racionais
Se as mina é puta, ou algo mais
Se a cota é luta, ou tanto faz
Se essa porra de 'nóiz' existe mesmo, ou é outra idéia que ficou pra trás


Enfim, não responde a questão
Por que a policia para pra mim, e os taxistas não?
Por que eu tenho que provar, que os meus bagulhos é meu?
Se eu não comprei, quem me deu? E se eu gaguejo, fudeu!
Artistas mudando o nariz, de cabelo alisado
Reforça essa merda de que ter cabelo crespo é pecado


Século XXI, progresso, olha de novo irmão
Cê vai ver que os preto ainda tão, na rua, no gueto e na prisão
Sem saber se são regras, ou excessão
Todo mundo é igual, e ainda assim, nós tá fora do padrão


Hoje compro em disco, o que já ganhei no mês
Minha missão aqui, é provar que é possível pro cês
Mas o trampo exige foco, tem que viver a parada
Isso é fácil como tirar doce da boca de outra quebrada
Natural, igual Pentágono, ainda hoje, igual Guantánamo


Meu olhar de quadrilátero, diz que bom ainda não tá mano
To caminhando, plantando o que precisa
O mar é imenso, e vários tão emocionados só com a brisa
A vida acontece, não avisa
Atrasa a caminhada de quem para nas balisa


Uns veio comer várias minas, outro assina vários cheques
Uns pra ter várias tretas, tio, eu vim pra fazer RAP!
Entregar meu tempo a causa, sem pensar duas vez
Crendo que a maior riqueza tá na paz do rei dos reis
A encontro em sessões junto a DJ's


Reforçando idéias, como as de que creio em justiça, não em leis
E a cultura de favela, canto enquanto penso nela
Vendo vários ganhando a vida, e vários perdendo ela
Pensando em fama, status, damas, contratos
Sonhos pequenos demais pra mim, vamos voltar aos fatos


É estranho 2009, o inverno é quente, no verão chove
A fumaça engole a luz do sol, enquanto a terra se move
LCD, Kalishnikov, iPod, coquetel molotov
Mulher Melancia, Barishnikov, milhões de sabores...Prove!


Informações demais, pra uma vida tão curta
Carros andam centímentros, aí vagabundo surta
Seguimos nos tempos difíceis, que Edi Rock cantou
Mostrei o refrão pros irmão, logo geral concordou
Que é necessário voltar ao começo
Quando os caminhos se confundem, é necessário voltar ao começo
Não sabe pra onde ir? Tem que voltar pro começo
Pra não perder o rumo, não pode esquecer do começo


Cê entende, que assim é verdadeiro?
Que cada dia que se vive, é o último e o primeiro
Sei bem qual é a real, entre todos maloqueiros
E da posição que ocupo, por isso eu to ligeiro
Jesus perdoou demais, morreu
Lampião confiou demais, morreu
Sou tipo um general que lidera uma tropa vinda do breu
E eu não confio, nem perdoo, por isso mandaram eu!



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"Quando o processo histórico se interrompe... quando a necessidade se associa ao horror e a liberdade ao tédio, a hora é boa para abrir um bar."
W. H. Auden