Hoje tem show do Yamandu Costa no projeto Cultura Para Todos da prefeitura... Vou lá... com certeza! Para quem não conhece direito, apresento o cara:
Yamandu Costa (Passo Fundo, 24 de janeiro de 1980) é um violonista e compositor brasileiro.
Começou a estudar violão aos sete anos de idade com o pai, Algacir Costa, líder do grupo Os Fronteiriços e aprimorou-se com Lúcio Yanel, virtuoso argentino radicado no Brasil. Até os quinze anos, sua única escola musical era a música folclórica do Sul do Brasil, Argentina e Uruguai. Depois de ouvir Radamés Gnatalli, ele começou a procurar por outros brasileiros, tais como Baden Powell, Tom Jobim, Raphael Rabello entre outros. Aos dezessete anos apresentou-se pela primeira vez em São Paulo no Circuito Cultural Banco do Brasil, produzido pelo Estúdio Tom Brasil, e a partir daí passou a ser reconhecido como músico revelação do violão brasileiro.
Yamandu toca estilos diversos como choro, bossa nova, milonga, tango, samba e chamamé, sendo difícil enquadrá-lo em uma corrente musical, dado que mistura todos os estilos e cria interpretações de rara personalidade no seu violão de sete cordas.
(Fonte: Wikipedia)
Pois é. Antes de tudo gostaria de dizer que acho louvável a iniciativa do governo municipal. Esse projeto está dando uma sacudida no circuito cultural da cidade, que andava às moscas. Só gostaria de perguntar, se me permitem: por que não esperaram mais um mês para esses shows entrarem no circuito do Festival Vale do Café? A produção seria dividida entre a Prefeitura e as entidades que organizam o festival e a divulgação e o retorno para o município seriam muito melhores... Mas, suposições à parte, tenho no momento outros questionamentos...
Achei que fosse moleza conseguir o ingresso, afinal, a procura seria bem menor do que para os shows anteriores, pois Yamandu Costa não é um artista tão popular por aqui e a sua apresentação, de música instrumental, não atrai tanto as massas populares como, por exemplo, o show homo-brega-erótico do Elymar Santos. (argh!!!)
Ledo engano, meus patrícios... Os amigos que foram cedo (os ingressos só começaram a ser distribuídos às 10 horas) disseram que às 11 horas já não havia mais lugares numerados. Pensei: "Como assim? 3.000 ingressos!!! Então quer dizer que o povão aprendeu a ouvir música? Não é o que eu constato vendo o grande número de carros que circulam tocando funk no último volume pela cidade à fora..."
Me pareceu muito estranho mesmo. Passei então a indagar as pessoas mais "bem informadas" por aí sobre o que poderia ter acontecido. Vieram então inúmeras especulações. Vejamos as duas mais plausíveis:
- Uns disseram que o Yamandu seria boicotado pelos músicos da região, pois ele teria dito que não queria ninguém abrindo o seu show (os shows do projeto são precedidos por uma apresentação de um artista da região, outra atitude pra lá de louvável...) e que por isso, com medo de haver pouco público para as duas sessões, a Secretaria de Cultura tinha distribuído ingressos entre as escolas de música da região. Acho pouco provável isso. Tanto a atitude do Yamandu quanto da Prefeitura, principalmente sem avisar ao público, que é quem realmente paga a conta do espetáculo... Sacanagem!!!
- Outros disseram que os ingressos numerados foram distribuídos antes por elementos do próprio governo, esses eternos candidatos-a-qualquer-coisa que vivem infiltrados na prefeitura e adoram agradar correligionários, agregados e possíveis eleitores... Também não acredito que o prefeito ia permitir um negócio desses, pois seria uma sacanagem maior ainda!!! Além do mais, um monte de gente para quem eu comentei do show perguntou: "Yama o quê??!!" Ou seja, o interesse era reduzido...
Ps. O meu ingresso eu consegui graças a uma amiga que se dispôs a ir bem cedo para a fila, e não é numerado não... vou ver o show de pé, como o mísero mortal que sou...