O QUE É A HUMANIDADE?

Já parou pra pensar na humanidade?
O que ela é, afinal?
Um amontoado de gente que segue regras, leis, preceitos e divide os mesmos espaços?
Um bando de bichos que, aparentemente, se respeitam, não pelo respeito em si, mas porque têm medo... medo do que o outro pode fazer, medo de serem punidos pela lei, medo de não se enquadrarem em um padrão... medo de ficarem à margem... medo de irem para o inferno...
Nesse caso, onde é que nos diferenciamos de um pobre animal de circo? Aquele que se o domador largar o chicote por um minuto ele morde seu pescoço...
O ser humano é diferente porque tem a arte.
Podemos então afirmar que é a arte que nos torna humanos... fora da arte, toda atitude "humana" que temos é resultado do medo...
Alguns dirão: peralá! E o amor? Também não é puramente humano?
Eu diria que não, nobres leitores... Os outros animais superiores também amam: também cuidam de seus filhotes, alguns até escolhem um companheiro(a) para toda a vida...
Mas arte, só nós temos. E, sem querer puxar a brasa pra minha sardinha, os melhores seres humanos são os artistas! Não qualquer artista, é claro, mas os que fazem uma arte sincera, pura, digna, não essa que já virou produto de mercado e faz questão de não trazer denúncias e nem levar à reflexão.
O artista verdadeiro retrata o que vê através das lentes da sua moral, da sua ética e aponta para o bando de animais domados pelo medo quais os caminhos a seguir para se tornarem um pouco mais humanos. Retrata através de seus versos, de seus sons, de suas danças, de seus quadros, de suas encenações aquilo que vê, aquilo que é feio e aquilo que é belo. E informa às pessoas, para que valorizem o que é bom e repudiem o que é mau. Aquilo que ele retrata é a própria humanidade. São as relações entre os animais domados. Dessas relações brotam os males, mas também floresce a beleza. A arte nasce por si só, o artista apenas se apropria dela e a coloca em termos inteligíveis. A arte emana diretamente de Deus, que tem na humanidade o seu veículo e no artista os seu fiel tradutor.
O artista está acima do senso comum. Ele não precisa se enquadrar em nenhum padrão. O verdadeiro artista é aceito e respeitado onde quer que esteja, da forma que se apresente. Vejo isso como um sinal de que o lampejo da arte está em cada um de nós, em contraponto ao nosso lado animal, que também é necessário, mas nunca pode nos dominar.
É a arte que define a humanidade e nos faz diferentes dos outros animais desse planeta. Apenas um pouco diferentes...

Anderson.

SEIS ANOS DE ECFA

Não poderia deixar de registrar aqui os seis anos de luta e resistência no movimento cultural de Volta Redonda dos meus amigos do Espaço Cultural Francisco de Assis, do qual tive a honra de participar da fundação e das primeiras ações.
Agora reconhecido como Ponto de Cultura pelo Ministério da Cultura, o ECFA se prepara para vôos cada vez mais altos.
Parabéns a toda a galera que faz com o suor e o sonho um dia-a-dia melhor para muita gente.
Saiba mais sobre a história do ECFA nesses links:

Reportagem sobre os seis anos do ECFA

Site do ECFA

E não perca a programação deles para esse mês!

Up date:
Lembrei também dessa música do Rappa, que parece que foi escrita para homenagear a galera... será?

Maria

Noves fora a lógica
Se bateria é a nossa mágica
Eu escolho o juízo
Da alegria, do céu ao precipício
Minha canção é coisa séria
Um verdadeiro comício
Se o suingue é meu vício
Bato tambor, desde o início
Nosso som não tem cor
Nosso som não tem briga
Vejo as favelas todas elas unidas
Nosso som não tem cor
Nosso som não tem briga
E no meu sonho vejo as favelas unidas
Nosso som não é barulho
Nosso grito é aviso
Esquecido no entulho
Do folião sem juízo
Não vem do plugue a energia
Tô na moral, não tem idéia
Tô na moral, não tem flagrante
Tô na moral, não tem idéia
Tô na moral, é coisa séria
Tô em cima, tô embaixo
Trabalhador é coisa séria, é coisa séria
Mas se um dia a festa terminar
Hei de louvar sempre a harmonia
Meu coração é pulsação, e meu guia
Nunca esquecida, minha mão de Maria


Até a próxima.

Fiquem com Deus.

Mercado Livre

"Quando o processo histórico se interrompe... quando a necessidade se associa ao horror e a liberdade ao tédio, a hora é boa para abrir um bar."
W. H. Auden